O refluxo gastroesofágico é aquele incômodo ardor no peito, a famosa “azia”. Mas o que muitos não sabem é que, quando não tratado adequadamente, ele pode gerar complicações bem além do desconforto ocasional.
O refluxo ocorre quando o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago, geralmente por uma falha no esfíncter esofágico inferior, que deveria impedir esse movimento.
Diversos fatores podem favorecer esse mau funcionamento: obesidade, hérnia de hiato, dieta rica em alimentos ultraprocessados, consumo excessivo de álcool, tabagismo, estresse crônico e uso de certos medicamentos, como anti-inflamatórios e sedativos.
Além disso, é essencial destacar que nem todo refluxo é igual: há a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) clássica, com sintomas típicos como azia e regurgitação, mas também existe o Refluxo Laringofaríngeo (RLF), que muitas vezes passa despercebido.
Enquanto na DRGE o ácido prejudica principalmente o esôfago, no RLF ele atinge a laringe e a faringe, causando sintomas como rouquidão, sensação de “nó na garganta”, pigarro frequente, tosse crônica e, em casos mais graves, alterações respiratórias.
O diagnóstico diferencial é fundamental, pois o tratamento pode variar conforme o tipo e a gravidade do refluxo. Muitas pessoas sofrem com manifestações atípicas sem imaginar que o refluxo é a causa.
Entre os riscos mais conhecidos está o Esôfago de Barrett, uma alteração nas células do esôfago que, embora rara, pode evoluir para câncer, porém, as complicações não param por aí.
A exposição repetida do esôfago ao ácido pode gerar esofagite erosiva, com ulcerações e sangramentos; estenoses esofágicas, que são estreitamentos na luz do esôfago, levando à dificuldade de engolir (disfagia); e até aspiração pulmonar, com risco de pneumonias recorrentes.
No caso do Refluxo Laringofaríngeo, a negligência pode resultar em lesões nas cordas vocais, laringite crônica e agravamento de quadros respiratórios, como asma e apneia do sono.
Além disso, a inflamação crônica causada pelo refluxo está associada a distúrbios sistêmicos, como alterações metabólicas e maior risco cardiovascular.
Na medicina integrativa, o manejo do refluxo vai muito além dos bloqueadores de ácido (como os inibidores da bomba de prótons). A abordagem envolve:
O olhar da medicina integrativa busca restaurar o equilíbrio do organismo, tratando não apenas os sintomas, mas também as causas e as repercussões sistêmicas do refluxo, promovendo bem-estar e prevenindo complicações a longo prazo.
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