Muitos se assustam com essa informação, mas o fato é que nosso organismo abriga uma grande diversidade de microrganismos — incluindo bactérias, vírus e fungos! — que formam a chamada microbiota e são fundamentais para nosso saúde.
E no trato gastrointestinal, pequenas populações de fungos convivem de maneira equilibrada com bactérias benéficas, ajudando na digestão de nutrientes e na modulação do sistema imunológico.
Portanto, em condições normais, esses fungos não causam problemas e fazem parte do funcionamento saudável do intestino, confira:
Quando há fatores que alteram esse equilíbrio os fungos podem encontrar condições favoráveis para se multiplicar além do normal.
Esse fenômeno é chamado de supercrescimento fúngico intestinal (SIFO).
Além disso, existe um ciclo vicioso: a disbiose intestinal (desequilíbrio da flora intestinal) facilita o crescimento excessivo dos fungos, e esse crescimento anormal agrava ainda mais a disbiose, dificultando o retorno ao equilíbrio natural.
Quando os fungos se multiplicam de forma descontrolada, podem surgir sintomas persistentes e muitas vezes inespecíficos, como inchaço, excesso de gases, diarreia ou constipação, fadiga crônica, alterações no apetite e até problemas na pele.
Em alguns casos, há maior sensibilidade alimentar e impacto direto na qualidade de vida, já que o intestino desempenha papel central na absorção de nutrientes e no equilíbrio do sistema imunológico.
Entre os principais fatores que favorecem o SIFO estão:
O diagnóstico do supercrescimento fúngico intestinal requer experiência médica, avaliação clínica detalhada e, quando necessário, exames específicos.
Portanto, deve ser realizado pelo médico gastroenterologista.
Com essa especialização, aliada a uma formação e abordagem integrativa da saúde, conseguimos ir muito além do simples controle do fungo com medicamentos para uma abordagem que promove o equilíbrio da microbiota de forma sustentável, atuando na origem do problema.
Para isso, avaliamos o paciente de forma global, considerando hábitos alimentares, fatores de estresse, qualidade do sono, uso prévio de medicamentos e possíveis deficiências nutricionais.
O tratamento pode incluir ajustes na dieta, estratégias para restaurar a microbiota intestinal, suplementação direcionada e, quando indicado, terapias medicamentosas.
O objetivo não é apenas eliminar o excesso de fungos, mas restabelecer o equilíbrio intestinal e prevenir recidivas.
Abordagens que se limitam apenas ao uso de antifúngicos tendem a oferecer resultados temporários (e a recidiva pode ser ainda mais grave).
Ao integrar a medicina convencional com estratégias personalizadas, é possível interromper o ciclo de disbiose e supercrescimento fúngico, promovendo uma recuperação mais duradoura e uma melhora global da saúde digestiva.
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